Embolia e trombose são a mesma coisa?

Apesar de muitas vezes estarem intimamente relacionados não são a mesma coisa.


Vamos aos conceitos de forma simplificada. Trombose é aquela situação em que ocorre a formação de um trombo, ou seja, coágulo anormal dentro de uma vaso, que pode ser artéria ou veia. Então se uma pessoa possui um trombo que oclui a veia chama-se de trombose venosa. Se é numa veia profunda, que não é próxima da superfície da pele, chama-se então trombose venosa profunda, ou simplesmente, TVP. Se por algum motivo o trombo ou parte dele se desloca na corrente sanguínea provocando repercussão em outros órgãos chama-se de embolia, ou tromboembolismo.

Por outro lado, a embolia não significa apenas que há um coágulo que migrou de um lado para outro, apesar de ser uma das principais causas. Existe embolia por outras causas tais como gasosa provocada pequenas por bolhas de gás, embolia séptica quando ocorre migração de agentes infecciosos como as bactérias, até mesmo líquido amniótico pode provocar embolia quando há entrada daquele líquido na corrente sanguínea, geralmente em situação de partos bastante complicados. Resumindo, a embolia é quando ocorre o deslocamento de algo pelos vasos sanguíneos que pode provocar efeitos em outros órgãos, geralmente porque obstrui o fluxo de sangue naquele órgão ou região.

O tratamento pode envolver medicação injetável ou anticoagulante oral conforme gravidade e situação clínica.




Como afirmei nas linhas anteriores o tromboembolismo é uma causa importante de morbidade, que pode provocar complicações sérias ou mesmo risco de morte, se não realizado o diagnóstico preciso e tratamento adequado. Quando ouvimos sobre embolia primeiramente nos surge a ideia de tromboembolismo pulmonar, mas lembro que o acidente vascular cerebral (AVC) pode ser embólico também, geralmente de trombo localizado no coração em pessoas que tiveram arritmia, por exemplo. Então percebemos que a avaliação de trombose e embolia não deve ser desdenhada, pelo contrário devemos ter como profissional de saúde o papel de informar aos pacientes os riscos e formas de evitar esse grave problema.

Algumas situações elevam o risco de trombose tais como sedentarismo, obesidade, tabagismo, câncer, gestação, puerpério, restrição no leito ou imobilidade prolongada. Outros fatores são mais difíceis de se controlar, que são os fatores genéticos. A presença desses fatores, sejam hereditários ou não, numa pessoa é chamado estado protrombótico também chamado trombofilia, ou seja há uma elevação da chance de se ter trombose em algum momento.

Já o paciente que teve trombose e/ou embolia deve se atentar e seguir rigorosamente o tratamento, geralmente baseado em medicações anticoagulantes, pois esse tratamento tem seus riscos também.

Assim sempre se mantenha informado, busque medidas que promovam sua saúde, pois muitas vezes reduzem os riscos de trombose e suas complicações. Tem o problema? Busque profissional qualificado como cirurgião vascular, hematologista, cardiologista.

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